Em agosto 1968, poucos meses antes do Ato Institucional nº. 5 ser decretado, o líder gráfico do Rio de Janeiro,
Fraga Júnior lançou, na sede do Sindicato dos Gráficos, o jornal 7 de Fevereiro, em homenagem ao
dia nacional dos gráficos.
Nas entrevistas e conversas informais no sindicato, a greve de
1923 é relembrada como um importante episódio da história da categoria, um símbolo da
militância sindical que era reafirmado com a escolha da data para o nome do jornal.
E eu estava ali dentro, né, tentando falar alguma coisa, fazendo o jornalzinho. Nós
pedimos como era norma democrática que o jornal 7 de Fevereiro usasse o nome, o
endereço do sindicato pra registrar, eles negaram oficialmente (Valdir Fraga
Junior, 2010, entrevista).
O Sindicato dos Gráficos não apoiou a criação do jornal, que tinha como suposto
objetivo reunir militantes que haviam se afastado da instituição após o golpe de 1964. Mais do
que isto, tratava-se de uma iniciativa que marcava uma oposição, mesmo que moderada, à
direção do sindicato e aos rumos que a instituição havia tomado no pós-1964.
http://www.scribd.com/doc/97320908/7-de-Feveiro-Sind-Dos-Graficos-RJ-1968
http://www.scribd.com/doc/97320908/7-de-Feveiro-Sind-Dos-Graficos-RJ-1968