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NEY BRAGA E A REVOLTA DE PORACATU. SOBREVIVENTE FAZ REVELAÇÕES SOBRE A CHACINA OCORRIDA EM 1951

A “Guerrilha de Porecatu” ou melhor, Revolta de Porecatu, é considerada Símbolo da luta camponesa pela distribuição de terra no Brasil.

Além de influenciar a criação dos primeiros sindicatos de trabalhadores rurais, a guerrilha “motivou a assinatura do primeiro decreto de desapropriação de terras para fins sociais”.

Os posseiros de Porecatu  vinham resistindo como podiam contra os grileiros, jagunços e a polícia, desde 1944.

Das 3 mil famílias que lutaram pela distribuição da terra, apenas 380 foram assentadas.

Em seu depoimento à Comissão Estadual da Verdade do Paraná, Antônio Pereira Santana, declarou  que:
“Com 7 anos chegou ao Paraná, moravam em fazenda de cana em Porecatu Um certo dia, com aproximadamente 10 anos ao ir comprar carne, viu um caminhão coberto de encerado e cheio de sangue, perguntou o que era e lhe disseram que eram de gente morta na Guerrilha de Porecatu. Descobriu depois que o comandante da ação chama-se Nei Amintas de Barros Braga, que mais
tarde viria a ser o Governador do Estado.

Quando eu tinha uns dez anos, eu era encarregado de ir “nas” terça e “nas” sexta-fejra comprar carne no açougue. E um dia me deparei com uma fila de caminhão coberto com encerado e pingando sangue daqueles caminhão. Um guri muito curioso, comecei a perguntar aos “menino” que “tava” por ali Eles “disse” que era gente morta porque “tava” havendo a Guerrilha de Porecatu
Depois eu fiquei sabendo que o comandante daquela guerrilha era o comandante s e chamava Ney Aminthas de Barros Braga. E por dedução ‘vim saber que esse e cidadão depois foi vir ser Governador do Estado

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2 comentários

  1. judite maria barboza trindade diz:

    Como cidadã em constante luta por liberdades e justiça social, mas também como historiadora de profissão, consulto e sempre recomendo este importante Banco de Dados.

  2. Dacio Villar diz:

    Obrigado por essas informações. Cheguei a viver uma parte desses fatos e tive a família marcada profundamente.
    Pior que as perdas e marcas deixadas, foi conviver os anos seguintes com os algozes dessa tragédia como autoridades, ditando nossas vidas e reescrevendo a história a seu modo.

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