Em 1975, no auge da repressão da ditadura militar um Tenente Coronel tentou subornar o arbitro do jogo Ponte Preta x Juventus.
De acordo com o arbitro, Dulcidio Vanderley Boschila, por coincidência, sargento da Polícia Militar de São Paulo, o então presidente do Ponte Preta, Tenente Coronel do Exército Rodolpho Pettená, tentou suborná-lo durante o jogo.
Resultado, os militares abaram o caso, o tenente coronel corrupto foi elogiado pelos seus pares e superiores e Boschila continuou apitando outros jogos, até ser nomeado escrivão da DOPS de São Paulo
Documento em PDF anexo
“Oficio n9 036/E-2, de 28 Jun 1975, do Exm9 Sr Gen Cmt do II Ex, relatando ocorrência esportiva em que esteve envolvido o Ten Cel RODOLPHO PETTENÂ.
2. Em consequência do ofício supra-cltado, foi realizada uma sindicância ficando apurado o seguinte1
– exagerada exploração jornalística, em particular da imprensa esportiva;
– os relatórios da partida, tanto do representante da Federação como do árbitro, não coincidiram, o
que levou a Federação a não tomar conhecimento dos mesmos;
– o arbitro da partida não vinha se conduzindo bem, tanto que, apôs sucessivas falhas, foi afastado
da Federação Paulista de Foot-Ball.
3 Finalmente, tenho a honra de comunicar a V Exa que não ficou caracterizado ter o Ten Cel PETTENA cometido transgressão disciplinar. Entretanto, foi advertido para agir moderadamente, evitando entrevistas, declarações e mesmo publicidade acerca de sua atração ã frente da Associação Atlética Ponte Preta, para que não venha a cometer transgressões ou Infrações da etlca militar.
80/tV F
General-de-Divlsã o CARLOS DE MEIRA MATTOS
flce-Chef e do EMFA”
