Dentre tantas informações históricas que o livro resgata, essa é uma questão essencial que nos afeta até os dias de hoje. O rico processo de reforma universitária foi barrado em 1964, mas renasceu nos anos seguintes como uma das bandeiras da luta do movimento estudantil contra a ditadura militar. O vice-Reitor Hélio Lourenço de Oliveira estava encaminhando no Conselho Universitário a proposta de reforma universitária que incorporava um projeto de estatuto para a USP construído ao longo de 1968 pelas Comissões Paritárias, particularmente da antiga Faculdade de Filosofa, Ciências e Letras. Hélio Lourenço foi cassado em 1969 por decreto assinado por Gama e Silva, que fazia questão de permanecer como reitor da USP enquanto servia como ministro da justiça ditatorial. Assim, novamente era barrada a reforma universitária que, entre outras inovações, propunha a democratização da USP.
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