Os documentos em anexo, são de autoria do agente do agente do Centro de Informações no Exterior, Alberto Conrado, considerado um dos mais eficientes agentes da ditadura militar brasileira.
De 1967 a 1980, Alberto Conrado Avegno teve intensa atividade secreta, como infiltrado da ditadura militar (1964-85) entre os exilados brasileiros no Uruguai. Interceptava e copiava cartas, produzia relatórios com nomes, endereços e planos, dando subsídios a 361 informes da ditadura apenas entre 1974 e 75. Fez viagens internacionais para cumprir “missões” do governo brasileiro. Foi detido duas vezes, no Uruguai e no Brasil, e liberado ao revelar-se infiltrado.
Identificado nos relatórios sob diferentes codinomes “Altair”, “Johnson”, “Mário”, “Carlos Silveira” e até mesmo “Zuleica”, Alberto Conrado atuou ao longo de 14 anos..
Segundo o delegado Rui Dourado, que ajudou o ex-embaixador Manoel Pio Corrêa a montar o Ciex (Centro de Informações do Exterior), máquina de espionagem do Itamaraty, Conrado foi único homem infiltrado no meio subversivo e peça fundamental do esquema de segurança do Brasil no Uruguai”.