Forças Armadas Operação Condor

Agentes da ditadura monitoravam os passos dos guerrilheiros no exterior

Documentos confidenciais do Centro de Informações do Exército (CIE) produzidos há 40 anos mostram que agentes da ditadura infiltrados seguiram os passos de integrantes de movimentos de esquerda asilados em vários países, inclusive em Cuba. Em 3 de abril de 1972, por exemplo, um relatório extenso — chamado Informe Confidencial nº 674-72 e intitulado “Grupo da Ilha” — revela em detalhes o destino dos 40 guerrilheiros banidos do Brasil em troca do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben. O diplomata foi sequestrado no Rio de Janeiro, em 11 de junho de 1970, em plena euforia pela Copa do Mundo do México, que acabaria com a conquista do tricampeonato pelo Brasil.

O texto indica que o Exército monitorava, em especial, a Aliança Libertadora Nacional (ALN) e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), dois grupos que pegaram em armas e fizeram treinamento de guerrilha com o intuito de se preparar para tentar derrubar a ditadura militar instalada em 31 de março de 1964.

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