Esse arquivo contém um compilado de documentações acerca da proibição e censura da exibição da peça Os Garotos da Banda em 1970. Os Garotos da Banda (The Boys in the Band), peça escrita por Mart Crowley em 1968, foi um marco na dramaturgia por tratar abertamente da vida e das emoções de homens gays. A montagem original estreou em Nova York com grande sucesso e foi adaptada para o cinema em 1970. No Brasil, a peça foi traduzida e encenada em 1970 sob direção de Celso Nunes, com um elenco formado por atores como Armando Bogus, Cláudio Corrêa e Castro e Emiliano Queiroz. No entanto, pouco tempo após sua estreia, a peça foi proibida pela censura da ditadura militar, que governava o país desde 1964.
O regime militar impôs uma forte repressão à produção artística e cultural, e qualquer obra que contrariasse os valores conservadores, religiosos ou patrióticos podia ser vetada. A censura justificou a proibição de Os Garotos da Banda sob a alegação de que a peça feria os “bons costumes”, por retratar personagens gays com sensibilidade, complexidade e humanidade — algo que rompia frontalmente com os padrões morais e heteronormativos impostos pelo regime vigente. Essa proibição refletiu o ambiente de intolerância à diversidade e à liberdade de expressão que marcou o período.
Apesar da censura, Os Garotos da Banda permaneceu como uma peça simbólica e pioneira no teatro brasileiro, ao abordar de maneira honesta e sensível a vivência de homens gays, antes praticamente invisibilizada nos palcos. Seu impacto cultural foi significativo, tanto por seu conteúdo quanto pela repressão que sofreu, tornando-se um exemplo emblemático da luta da arte contra a opressão durante a ditadura militar.
O regime militar impôs uma forte repressão à produção artística e cultural, e qualquer obra que contrariasse os valores conservadores, religiosos ou patrióticos podia ser vetada. A censura justificou a proibição de Os Garotos da Banda sob a alegação de que a peça feria os “bons costumes”, por retratar personagens gays com sensibilidade, complexidade e humanidade — algo que rompia frontalmente com os padrões morais e heteronormativos impostos pelo regime vigente. Essa proibição refletiu o ambiente de intolerância à diversidade e à liberdade de expressão que marcou o período.
Apesar da censura, Os Garotos da Banda permaneceu como uma peça simbólica e pioneira no teatro brasileiro, ao abordar de maneira honesta e sensível a vivência de homens gays, antes praticamente invisibilizada nos palcos. Seu impacto cultural foi significativo, tanto por seu conteúdo quanto pela repressão que sofreu, tornando-se um exemplo emblemático da luta da arte contra a opressão durante a ditadura militar.
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