Confissões de Hugo Rivas sobre as manobras da Operação Condor e a tentativa de sequestro de Lilian Celiberti e Universindo Diaz
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As noites nórdicas podem estar sendo demasiadamente longas para Hugo Walter Garcia Rivas ou, quem sabe, já ficaram para trás, em seu caminho rumo ao teto mexicano. A diáspora particular deste rapaz não tem as marcas dolorosas de milhares de compatriotas seus, nem tampouco seu caso pode ser comparado com o da multidão dispersa dos uruguaios errantes. O que importa é avaliar o saldo de sua história que, pelo que se sabe, provocou alguns estremecimentos nos subterrâneos da repressão uruguaia.
O tempo corre em favor de Hugo e possivelmente ele ainda verá algum efeito causado pelo seu gesto. Alguma rachadura notável, originada em uma simples fissura. Os movimentos sísmicos começam com um leve tremor de terra e Hugo pode ter sido este aviso de uma devastação tectônica. Minhas dúvidas sobre a verdadeira comoção da denúncia aumentam por falta de conhecimento dos terremotos psicológicos e se enredam na concepção imediatista que vicia o raciocínio dos jornalistas. Ignoro os efeitos concretos e, secretamente, desejo que se multipliquem em ondas concêntricas de intensidade crescente.
As revelações de Hugo poderão ser de conseqüências desprezíveis no bem montado andaime da tirania militar, a curto prazo. Mas penso que alguma peça importante cedeu ante o golpe inesperado. Uma daquelas peças que uma pessoa pergunta para que serve e sem a qual o mecanismo não funciona com a mesma precisão. A certeza de Hugo de que o mecanismo de opressão sofreria uma avaria séria me impressionava e eu ficava ruminando se ele não estaria dizendo isto para se mostrar importante. Ele tinha razão. Por menor que tenha sido o dano aparente ou rápida a reparação, o preço do remendo encareceu demais a manutenção política de uma engrenagem tão perversa.
Da mesma forma que qualquer outro negócio humano, os regimes perduram enquanto apresentam um determinado lucro social e, inclusive cobrindo o deficit com um banho de sangue, não sobrevivem a um custo insuportável. Pode ser um enunciado simplista para os analistas políticos, mas no fundo é isto.
O jornalismo não derruba governos, muito menos ditaduras. Quando chega, entretanto, à etapa de atormentar-se pela divulgação de seus segredos, o poder perdeu a alma, a autoridade, a energia intrínseca que justifica suas peculiaridades, mesmo que bárbaras, para si mesmo e para os dominados. Se a deserção de um ex-soldado, com sua bagagem de recordações proibidas, afetou a máquina de horrores, é porque a contagem regressiva já está em aceleração. Com todo respeito e sem nenhum preconceito, o Uruguai não é o Haiti. Embora as “tontons macoutes” tentem perpetuar-se.
Da janela entreaberta por Hugo, os brasileiros tiveram uma visão pavorosa do Uruguai qua só era conhecida pelas populações fronteiriças. A grande maioria formara uma imagem turística do Uruguai e as dificuldades de câmbio favoreceram as desinformações a respeito do país. Preocupada com os problemas próprios do Brasil, a imprensa não pode concentrar sua curiosidade sobre o que se passa às suas costas, mais além da atenção dada ao caso de Lilián. As confissões do ex-agente da Companhia de Contra-Informações desencadearam uma maré de repulsa contra as autoridades uruguaias. Esse fenômeno exige novas informações a respeito da máquina selvagem que padece os uruguaios. Um desafio, sem dúvida, à imprensa brasileira, tão carente de análises internacionais e dependente das agências jornalísticas estrangeiras.
A indignacão pública, por outro lado, inibe eventuais iniciativas de solidariedade oficial ao governo uruguaio e restringe as conexões para-oficiais do tipo das que seqüestraram Lilián e Universindo. Ainda não estamos a salvo de um golpe semelhante, mas certamente não ocorrerão com tanta facilidade nem com tão escandalosa convicção de impunidade.
Confio que este livro contribuirá para esclarecer ainda mais a opinião pública brasileira em relação ao Uruguai e despertará consciências capazes de dar coragem aos que se debatem contra o despotismo em qualquer parte do mundo.
Carlos Alberto Kolecza
Bueno eu olhando aqui no site me lembrei de algo que conserterza poucas pessoas sabem??
O (PCBR) Éra no PT de uma facção politica que se chamava”Brasil Socialista” e que aqui em Pelotas não tem mais ou sobrou uns 3ou 4talvez um pouco mais,eu continuo e os outros tambem não”organizados como dizem” Somos um pequeno numero independentes.Se direito anada digo tentar fazer parte de uma executiva,diretório em fim somos apenas algunsilitantes desgarrados que sobrou da nossa (BS) Antigo PCBR.
Bueno tenho 53 anos e comecei muito cedo minha vida como militante,não sei pq mais achei interesante falar sobre isso .
Paréce que em alguns lugar do Brasil a BS…ainda existe pequena um pequeno numero de militante sempre fomos só que aqui menos e agóra não existe mais.Abraço