Em 1976, agentes do Departamento de Censura Federal apreendeu mais de 80% da edição de 90 mil exemplares do número 377 do jornal Pasquim em todo o país. As autoridades não disseram qual o motivo que originou a medida, determinada pelo Ministro da Justiça, Armando Falcão.
A ordem de apreensão chegou ao Departamento de Censura Federal no Rio pela manhã e foi recebida pelo diretor do órgão, Wilson Queirós. O supervisor do Pasquim tentou inutilmente saber as razões da apreensão. Tentou entrar em contato com a censura no Rio e em Brasília, onde a resposta de um funcionário da divisão que se identificou como Dr Romão, foi negativa.
O supervisor do semanário, jornalista Jaguar, disse que soube da apreensão através do distribuidor, responsável pela circulação do jornal. O Pasquim não chegou às bancas em São Paulo e Belo Horizonte, onde os carros de entrega foram interceptados antes da distribuição. Em Brasília a operação começou pela banca do Hotel Nacional com 91 exemplares.
Esta é a Segunda apreensão de tiragem determinada pela Censura contra o jornal. A primeira ocorreu em 1975 com o número 300, quando o Departamento de Polícia Federal suspendeu a censura que vinha submetendo ao semanário.