A comunidade árabe de Foz do Iguaçu sempre foi alvo de espionagem por parte dos órgãos de segurança. No período da ditadura civil-militar (19644/1985) o controle era feito exaustivamente e nos arquivos da Polícia Federal e em outros fundos é possível encontrar diversos documentos que retratam essa época de perseguição ideológica, política e étnica.
Constituída basicamente por libaneses, a comunidade árabe está perfeitamente inserida na vida social, empresarial e política de Foz do Iguaçu. Apesar dessa inserção histórica, as reuniões e atividades de seus membros eram espionadas pelos agentes da repressão. O documento em anexo foi produzido pelo Serviço Nacional de Informações – SNI – em 23 de março de 1984 e relata as atividades dos clubes e outras entidades sociais , filantrópicas e religiosas da comunidade.
Origem do documento SNI/Agência Curitiba
Informação 003/16/ACT/84
Data 23 de março de 1984
Assunto: Atividades de organizações árabes no Paraná
Ref.Info. nº 006/16/ARJ/84
j/84
Na década de 82 foi encontrado um morto em laranjeiras do sul, um senhor de terno,com uma aparência boa, bem vestido. A policia falava que ele ficou 4 dias no mato morto e depois foi para o necrotério de Laranjeiras do sul onde ficou mais 8 dia. Foi enterrado como indigente pelo Lorival Neves da Taroba ,
e que dizia a mãe da minha mãe dela que ele era envolvido ou tinha parte na ditadura. Ele pode ser um dos desaparecidos da ditadura, pois a aparência como ele foi encontrado era muito boa parecia ser um politico algo do tipo e ele esta la enterrado como indigente.