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Folheto da União da Juventude Patriótica – Frente de Massas do PC do B

Em março de 1970, foi fundada a União da Juventude Patriótica e para se filiar a ela não precisava ser comunista ou marxista-leninista. Bastava ser antiimperialista e contra a ditadura militar. O seu estatuto afirmava que ela se constituía numa “organização revolucionária de jovens patriotas e democratas, sem distinção de raça, classes, princípios ideológicos, religiosos e filosóficos”. O seu objetivo era “mobilizar, unir e organizar os jovens cariocas na luta pela derrubada da ditadura militar que infelicita nossa pátria, pela libertação do Brasil do jugo do imperialismo norte-americano e pela extinção do latifúndio; pela conquista de um governo verdadeiramente democrático e popular que assegure à juventude e a todo o povo brasileiro um regime de liberdade, progresso, cultura e um mínimo de vida digna”.

A entidade se organizava através de núcleos dos quais participavam entre 3 e 5 jovens. Estes núcleos se estruturavam clandestinamente por local de trabalho, setor profissional, de estudo, de moradia, esportivo e de diversão. Seus membros usavam “nomes de guerra” e os diversos núcleos não podiam ter relações horizontais entre si. Era uma estranha mescla de entidade de massas que ao mesmo tempo era clandestina. Uma fórmula que já sinalizava para dificuldades futuras.

(Do Portal Vermelho)JUVENTUDE

Da primeira direção da UJP participavam: Lincoln Bicalho Roque (Mário), como secretário político; Myriam Ribeiro Costa (Mariana), como secretária de organização e de imprensa; Carlos Henrique Tibiriça (Artur), responsável pelo setor secundarista. Havia ainda duas outras pessoas cuja identidade ainda não se tem certeza. Lincoln, segundo Caíque, “era um dirigente preparado, formulador, organizador, sempre parceiro de todos os militantes. Muito querido por todos os que o conheceram. Sua atuação foi fundamental para que a UJP se consolidasse. Atuava com desprendimento e alegria”. Ele tinha ingressado no PCdoB após o golpe de 1964 vindo de uma importante dissidência do PCB na Guanabara.

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