O documento intitulado “lista funcionários do DOPS” refere-se a um registro nominal de agentes, funcionários e colaboradores vinculados ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), um dos principais órgãos de repressão política durante a ditadura militar brasileira (1964–1985). Trata-se de uma fonte primária, possivelmente organizada a partir de arquivos desclassificados ou reconstruídos em processos de memória e verdade, que visa identificar os indivíduos que integraram o aparato burocrático e repressivo do Estado à época.
A lista apresenta nomes completos, em alguns casos com cargos ou funções associadas, revelando o extenso corpo funcional envolvido na vigilância, repressão, interrogatório e censura de opositores políticos. O DOPS, vinculado às Secretarias de Segurança Pública estaduais, foi responsável por prisões arbitrárias, tortura, desaparecimentos e monitoramento de militantes, artistas, religiosos, sindicalistas e intelectuais. O documento funciona, portanto, como um registro de responsabilização histórica, permitindo traçar as redes humanas por trás da estrutura repressiva.
Sua importância está tanto no valor historiográfico quanto no potencial para ações de justiça de transição e reparação. Ao tornar públicos os nomes dos envolvidos, o arquivo rompe com o manto de silêncio e impunidade que, por décadas, encobriu os crimes da ditadura. Além disso, colabora com o trabalho de familiares, pesquisadores e órgãos de direitos humanos que buscam verdade, memória e responsabilização, cumprindo uma função essencial na reconstrução crítica do passado autoritário brasileiro.
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