Denúncias Forças Armadas Repressão

NOVAS REVELAÇÕES SOBRE OS BASTIDORES DO GOLPÉ MILITAR DE 1964

Terrorismo no Comício da Central do Brasil.

Revelações do major Paulo Vianna Clementino sobre plano de matar o presidente João Goulart.

“Três linhas de ações foram traçadas.

Primeira: um avião teco-teco, em vôo razante, despejaria cargas de dinamite sobre o palanque onde estivesse Jango Goulart e seus assessores. Alguns de nós dispúnhamos de metralhadoras. O plano era soltar bombinhas – dessas usadas em festas juninas – para distrair o povo.

Segunda: enquanto isso, outro grupo de três homens armados com metralhadoras, contando com a colaboração de voluntários, abriria um corredor, se aproximaria correndo em direção ao palanque e metralharia os seus ocupantes.

Como terceira opção, caso falhassem as duas anteriores, atiradores de escol, munidos de armas dotadas de lunetas, deitados sobre caminhões ou ônibus alvejariam Jango e os principais líderes esquerdistas”.

Quem disse isso? Não fui eu, é claro.

Isso faz parte do depoimento do general do Exército Brasileiro, José Lopes Bragança, na ocasião, em Belo Horizonte, integrante da comunidade de informação.

E olha que nem cheguei a perguntar a ele sobre isto. Foi o ponto máximo de repercussão.

O coronel José Oswaldo Campos do Amaral, conhecido pela alcunha de “Cascavel”, foi o escolhido para atingir o coração do presidente por ocasião do atentado.

E mais difícil, ainda, tentar negar que 1964 tenha sido golpe. Até porque a única ressalva que “Cascavel” fez, depois de sua declaração ter sido publicada, era que a atribuição de matar Jango poderia caber a qualquer um dos golpistas.

Já o general Bragança só estranhou o não surgimento do nome do senhor Herbert Okum, segundo ele “o único autorizado” por brasileiros a participar do movimento golpista.

E admitiu a presença da força tarefa norte-americana nas costas do Espírito Santo, além de contatos com agentes da CIA.”

Geraldo Elísio

 

Apoie o Documentos Revelados

Desde 2005 o site Documentos Revelados faz um trabalho único no Brasil de garimpo de documentos do período da ditadura. Ele é dirigido, editado e mantido no ar por uma única pessoa, Aluízio Palmar.

Contribuindo para manter o Documentos Revelados você ajuda a história a não ser esquecida e que nunca se repita.

Copie esta chave PIX, cole no aplicativo de seu banco e faça uma doação de qualquer valor:

palmar64@gmail.com

Você também pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.