A Universidade Federal Fluminense foi sempre um espaço importante na luta pela democracia em nosso país. Durante a ditadura civil-militar a UFF fervilhava de idéias, debates e muita militância. Da minha turma de sonhos e lutas fez parte o Ivan Mota Dias, assassinado pela ditadura, a Maria do Carmo Brito, na época Colina e depois VPR, o Umberto Trigueiros Lima, na época MR8 e depois VPR, a Vera Wrobel, o Sebastião Velasco e Cruz, o Charles Pessanha, o Navega, o Fernando, a Ziléia, o Luiz Carlos, o Sério Muylaert, a Ana Maria Muniz, o Rogério e mais um montão de gente. O PCB tinha base em todos os cursos; até no curso de matemárica.
Aquilo era um fervor. Teve aquela bronca dos cartazes, o confronto em que eu e Sebastião Cruz tivemos com dois agentes do DOPS e daí eu sumi. Caí na clandestinidade da ressistência armada contra a ditadura.
Ivan morreu, Maria do Carmo foi presa e trocada pelo Embaixador alemão, eu e Umberto fomos presos e trocados pelo Embaixador Suiço, a Vera Wrobel é socióloga com vários livros publicados e o Sebastião é antropólogo, professor na Unicamp, com vários livros publicados também.