AESI Itaipu Geral

A luta dos colonos desapropriados por Itaipu

A partir da década de 1970, com o início das obras da Usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, cerca de 40 mil pessoas, ao longo dos oito municípios brasileiros afetados pela formação do lago, começaram a viver o drama da expropriação, sendo aproximadamente 20 mil o número de desapropriados no Paraguai, num dos maiores processos migratórios da história contemporânea.

A fase específica das desapropriações na região Oeste do Paraná ocorreu entre 1978 e 1982, período em que se verificou a ocorrência de expressivas reuniões e assembléias, onde os colonos expuseram os problemas, levantaram suas reivindicações e discutiram  as propostas apresentadas pela direçao da Itaipu.

Portanto, é a partir da década de 1970, com o início das obras, que os agricultores começam a viver o drama da expropriação. Ao longo dos oito municípios afetados pela formação do lago, cerca de 40 mil pessoas foram desapropriadas, somente na margem brasileira, sendo aproximadamente 20 mil o número de desapropriados no Paraguai, num “dos processos mais radicais de diáspora ocorridos na história contemporânea

 

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2 comentários

  1. Juceli diz:

    Procuro pela minha família biológica não sei muita coisa só que os pais era heleno e a mãe é Terezinha além de mim que fui adotada mais 10 irmãos sou juceli fui adotada pela família mota 1977

  2. Sim, houve a luta reinvindicatória de colonos desapropriados como eu, já formado em Agronomia, estivemos acampados à marge de Itaipu, onde se iniciou um Movimento dos Sem Terras, desapropriados, onde não só reinvindicámos melhores preços na desapropriação, como condições de sermos relocados para terras férteis que tínhamos no Oeste do Paraná, eu em S. Miguel do Iguaçu, onde o presidente do Sindicato era Ivo Adamanti, equivocadamente citado como de Medianeira. Depois vereador de S. Miguel, infelizmente já falecido. Lembro que fui ao João Samek, que nos havia vendido terras em nome da Colonizadora Passo Cuê, e tanto ele como o ex Prefeito e ex Deputado Tércio de Albuquerque tanto se empenharam para obtermos as melhores condições possíveis, ali nascia um MST depois modificado por questões político/sociais. Em 1984, eu engenheiro e neste movimento, de um PT de trabalho por anos a fio, estivemos na TV Paraná, tenho as imagens até hoje publicadas no Jornal O ESTADO DO PARANÁ, entre lideranças do Governo, nós do Moviemento em prol de melhores condições da Desapropriação deste 1976, e o então Deputado Tércio de Albuquerque.
    Normal tais movimentos políticos reivindicatórios, e pela demanda de indenizações, os preços das terras tomaram rumo das alturas, o que ajudou a minimizar as perdas dos colonos como eu.
    Sim, também inicialmente adquiri terras no Paraguai, região de Nova Medianeira, M’Barete, próximo de Sta. Rita. Porém mais tarde vendi esta propriedade e fui um dos assentados pelo INCRA no Mato Grosso, Município de Diamantino, hoje conhecida região próspera de Campo Novo dos Parecis.
    De fato, todos os citados contribuiram imensamente para ajudar os colonos.
    Eu nem deveria citar nomes, pois mas dá uma vontade danada de citar além dos dois, que considerei muito ativos em nossa defesa, por isto hoje, a presidência da Itaipu, acho muito justo estar com filho de Foz do Iguaçu, Agrônomo Jorge Samek.
    Não foi fácil, mas quem achava que seria?

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