Em 24 de março de 1979, a família do embaixador aposentado, José Jobim, continuava vivendo um pesadelo. O pacato senhor, de 70 (setenta) anos, havia saído de casa 02 dias antes, após o almoço, para visitar um amigo. Devidamente trajado, com seu terno costumeiro, disse que voltaria logo. E informou o que queria para o jantar. Nunca mais foi visto com vida. Na manhã daquele dia 24, a família foi informada que seu corpo foi encontrado por um gari, pendurado em uma árvore, em um local muito distante de casa. Ele foi mais uma vítima da ditadura, mesmo às vésperas da promulgação da famigerada Lei de Anistia.”
Este texto faz parte da campanha de divulgação da II Caminhada do Silêncio pelas Vítimas de Violência do Estado e pela Democracia que foi suspensa e será substituída por atos realizados em meio virtual nos dias 31 e 1º de abril de 2020.
Responsável: Eugênia Augusta Gonzaga, procuradora regional da República, mestre em Direito Constitucional e coautora das primeiras ações judiciais contra agentes da ditadura.
Fonte: Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade, Volume II, Livro 2.
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