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O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, autor do clássico “Morte e Vida Severina” era diplomata em 1964. Seu nome chegou a figurar entre os 11 diplomatas que deveriam ser cassados pelo regime por ligações com a esquerda, mas ele foi poupado. Em 1976, o diplomata estava prestes a ser promovido, mas a sua demissão do Itamaraty por “questões de segurança” e o seu retorno por “vias judiciais” intrigaram o governo. A ficha de João Cabral no SNI (Serviço Nacional de Informações) foi parar na mesa do presidente Ernesto Geisel para avaliação. No documento, o órgão não o caracterizava como militante, mas afirmava que seus trabalhos literários levavam a classificá-lo como “elemento simpatizante, ou no mínimo, de tendência esquerdista” Arquivo Elio Gaspari
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