Mariano Beser em Macacu : a Sierra Maestra brasileira
verdades e mitos (mentiras)
Um olho no padre, outro na imprensa.
Melhor dizendo, outro na morena !
Esse rapaz bem apessoado que aparece na foto é MARIANO BESER TRUCHARTE . Nascido nos Pirineus Orientais, chegara ao Brasil em 1947, aos 8 anos de idade , na condição de refugiado de guerra .
Pois esse jovem com apenas 23 anos, tornou-se grande um líder junto ao movimento pela reforma agrária. Embora com formação pela Universidade Rural, nascera em berço humilde, de uma família de lavradores. Talvez sua origem de classe tenha sido a grande razão e motivação para seu engajamento nas Ligas Camponesas.
Dizia Beser que infelizmente não concluíra sua graduação como engenheiro agrônomo, em função da intensa militância, que lhe exigia dedicação integral . Durante certo tempo, dividiu com Francisco Juliao e David “Barbudo” Vasconcelos a liderança das Ligas Camponesas. Chegou a liderar cerca de 30.000 camponeses em todo o Estado. Mariano Beser era o Presidente das Ligas Camponesas no E.do Rio, com sede em D.Caxias e foro jurídico em Niteroi.
Embora o taxassem de comunista, Beser nunca filiou-se a partido algum. No entanto , afirmava que seu pai nos tempos da II Grande Guerra fora um ‘maquis’, e posteriormente havia se tornado admirador da Cuba de Fidel .
Após a morte de Getulio, a grilagem de terras ganhou novo animo. O meio rural virara terra sem lei , com JK , que só pensava naquilo: Brasília. Jango acenava por uma reforma agrária, mas no entanto o INIC inoperante e conivente, não agia com o rigor da lei. Sucediam-se a queima de casebres, a destruição de roças. Vez por outra, além de espancamentos, lavradores eram sequestradores, e suas famílias nunca mais tinham noticias de seus paradeiros. A grilagem agia impunemente à margem dos governos intitulando-se donos de terras através de títulos de propriedade falsos, sempre com a generosa proteção das corporações militares e aquiescência dos tribunais.
dezenas de casebres destruídos em S.J.da Boa Morte (1961)
Pois Beser tomou para si a responsabilidade por mudar o malogrado destino do homem do campo e decidiu por fim a todas essas atrocidades. Instalou a sede das Ligas na cidade de Duque de Caxias, de onde irradiava seu comando para as várias cidades fluminenses. Uma delas em especial: Cachoeiras de Macacu. Hoje , passados 54 anos do acontecido, é difícil saber qual o maior fator que pesou-lhe na escolha para eclodir o movimento que o tornaria conhecido nacionalmente pelas capas de jornal : se em sua escolha fora levado pelas condições objetivas para uma ação arrojada , se o amor de uma morena lhe impunha escrever ali mesmo o seu nome na História, ou outras razões obscuras que veremos adiante .Você será o juiz, pois eu já tenho juízo formado , e a favor de Beser.
Organizou um verdadeiro exército de camponeses armados até os dentes e os distribuiu em trincheiras e barricadas anti-tanque, por todo o perímetro da fazenda São Jose da Boa Morte, tanto pelo lado de Cachoeiras como pelo lado de Sambaetiba (Faz. Vargem Grande). Eram cerca de 800 camponeses mobilizados e armados, incluindo mulheres. Determinados a por fim aquele esbulho perpetrado pelos grileiros da região, montaram um QG dentro da mata, na altura do km 19 da Rio-Friburgo , na localidade conhecida como Água Boa (agro-vila Bonanza, próximo à Igreja velha). Muito bem organizados por Mariano Beser e seu lugar-tenente, o mateiro Chico de Assis, os lavradores dividiram-se em comandos, organizando trincheiras e montando duas barreiras na estrada, nos quilômetros 20 e 23 . Com as vias de acesso bloqueadas, partiram para a captura de seus opressores, ilegítimos ocupantes das terras do INIC.
organizados, treinados e equipados, homens e mulheres do “exército-fantasma”
Ao todo, foram mobilizados cerca de 5.000 camponeses, e deste contingente 800 tiveram participação direta nos acontecimentos.
Durante o cerco, o inspetor Ballock, da policia florestal, ainda tentou intercepta-los , mas que diante de tamanha determinação, poderio bélico e numérico dos camponeses acabou recuando: evadiu-se para pedir reforço.
o inspetor Ballock amedrontado (de paletó preto)
Dos seis grileiros mais atuantes na região, foram capturados Miguel Pereira de Macedo, Antonio Vaz da Eira, Otavio Antonio Volpato (Valpoter) , Abilio Alves, Messias Pereira da Silva… . Avisados, Orlando Dantas, Mario Franco, Abilio Alves de Melo e Maria Moreira Maia tiveram mais sorte e conseguiram escapar ao cerco.
1- o grileiro Manoel capturado na estrada; 2- é conduzido na mata; 3- o “paredón” simbólico
De todos, o mais calhorda era Miguel Macedo, nomeado pelo juiz como fiel depositário das terras de São José da Boa Morte.
O segundo passo, foi conduzi-los até um barraco na mata de Água Boa, onde instituíram um “Tribunal popular”, com o único intuito de obriga-los a renunciar à pretensa posse das terras de São José,da Boa Morte, sob pena de “sanções” , simbolizadas pelo termo ‘paredón’ .
Foram julgados também os jagunços capturados, dentre eles José Rezende da Silva, o “Zé Revólver”, jagunço afamado na região, acabou por admitir ter praticado atentados contra os colonos a mando dos grileiros.
1- o grileiro Vaz da Eira sendo julgado;
2- o jagunço Zé Revólver `foi ridicularizado durante seu julgamento (foto à direita)
Segundo os repórteres que foram autorizados a entrar no acampamento, e presenciaram os julgamentos, “… por mais que os lavradores se esforçassem em dar um aspecto severo ao seu tribunal, observava-se que os julgamentos se desenrolavam num clima mais hilariante do que hostil, assumindo um tom mais enérgico no caso dos grileiros, onde algumas de suas vítimas, na maioria mulheres, pediam o “paredón”.
Um terceiro passo seria entregá-los ao governo estadual para que fossem apurados seus crimes: as centenas de casebres destruídos ou queimados, os sequestros e assassinatos , o esbulho da terra, e a venda ilegal dessas áreas além da extração ilegal de madeira e dos barreiros. O governo estadual enviou tropas para a cidade. Ao todo, cerca de 200, entre policiais militares e alguns agentes do Dops.
o delegado de Cachoeiras e agentes do DPPS
Num primeiro instante houve confronto armado, sem vítimas. Mas como o movimento se propunha pacífico, dispersaram-se na mata. Ainda assim a polícia acabou prendendo um punhado de lavradores, que foram conduzidos a Niteroi, como segue a lista: Emilia Gomes Ferreira(da foto), Alcir Falcão, José Cabral(foto), Gilberto dos Santos, Jose Pinna, Orozimbo Ramos, Teófilo Gonçalves, Julio Aguilar da Silva, Antonio Sá, Afonso Correia, Clemente Faria da Cruz, João Rodrigues dos Santos, Joaquim Dias e Paulo Ribeiro de Souza. Consideradas justas suas argumentações, o secretário de Segurança interveio junto ao delegado do DPPS/Niteroi, liberando a todos.
dona Emília (esq. embaixo) também pegou em armas
De que se tenha notícia, um único ferido em um conflito que durou dias: o jagunço José Ferreira gravemente ferido a golpe de baioneta, foi hospitalizado. Nenhuma vítima fatal.
No noticiário, a imprensa chamava a este contingente de ‘o exército-fantasma’ ou ‘exército-fantasma da reforma agrária’ , isto porque a resistência durou alguns dias e tal era a organização e dispersão na mata, que os tornava quase invisíveis.
A crise instalada com a eclosão desta revolta camponesa, fez com que, fosse deslocado em missão a Cachoeiras de Macacu o Coronel do Exército Ney Constantino Gitsio.
* ( Constantino notabilizou-se no pós-64 como chefe do CCC em Cachoeiras de Macacu)…..
Embora a grande imprensa passasse a impressão de ser um movimento desorganizado, publicando inclusive fotos da apreensão de armas obsoletas e enferrujadas, o próprio coronel admitia que o armamento utilizado pelos camponeses (anda não apreendido), era de alto rendimento, constituído por fuzis modelo de 1908, restaurados em São Paulo.
peritos do DPPS de Niterói examinando o armamento apreendido
** {{ Segundo a opinião de um líder ferroviário da época, Ney Constantino era o “ Pena Boto de Cachoeiras “, acrescentando: é um homem que vê comunistas por toda parte e passa os dias espionando as pessoas e fazendo relatórios que envia ao governo federal sobre aquele que ele “cisma” de praticar atividade suspeita….. }}
O movimento organizado por Beser era tão justo que recebeu em seu QG de Água Boa a visita e apoios do prefeito Nilo Ferreira Torres, do pároco da igreja velha, Padre Luiz Pedroza e do presidente do PTB, vereador Ubirajara Muniz, então candidato favorito às eleições para o executivo local.
o prefeito Nilo Torres visitando o QG revolucionário,
levou mantimentos para as famílias entrincheiradas
padre Luis Pedroso levando apoio à causa dos lavradores
E foi exatamene a eclosão desta revolta campenisa que colocou Cachoeiras de Macacu na história, como sendo a “Sierra Maestra brasileira ”.
Beser, o galã revolucionário, angariou simpatias e apoios em todos os setores da sociedade, inclusive de intelectuais.
Na manhã do dia 25, eis que surge no acampamento, a bela (e polemica) atriz Iracema Vitória : portava uma pistola calibre 38, e oferecendo para integrar o “exército revolucionário”.
Anos antes, a atriz Iracema Vitoria já havia abraçado
à causa dos nordestinos, vítimas do flagelo da sêca
Não foi à toa que a cidade sentiu dolorosamente o peso da mão-de-ferro dos militares no pós-64. Seu passado a projetou para o futuro, martirizando-a, deixando uma ferida que ainda não cicatrizou : onde estarão José, Alipio, Gervasio, Antonio, Pedros, Marias, Joaquins e outros tantos ? * só a Comissão Nacional da (meia) Verdade não sabe disso
O prestígio de Beser junto ao campesinato era tão de um crescente que passara a ofuscar o brilho do próprio Francisco Julião. Este último, que acabara de chegar ao Rio, em 25 de novembro, isto é, seis dias após os acontecimentos em Macacu, ao ser indagado se iria avistar-se com Beser, e se sentindo diminuído, respondeu laconicamente: “ tenho coisa mais importante a tratar” . Aburguesara-se vivendo como sultão, em sua nova residência, no Hotel Ambassador do Rio.
Beser e padre Luis na delegacia tentando reaver o jeep apreendido
Mas entre uma escaramuça e outra, sempre é tempo de amar !
E Beser, em 25, ousando os riscos, acompanhado de um repórter, foi ao encontro da bela Candinha.(foto),e depois do encontro amoroso viaja para Itaguaí.
Beser na noite de 25 de nov/1961
” …Eu sou do tipo de certas coisas Que já não são comuns nos nossos dias As cartas de amor, o beijo na mão Muitas manchas de batom daquele amasso no portão …”
A esta altura, Beser era caçado pela “inteligentsia’ por todo o Estado do Rio, culminando ser detido em Itaguaí no dia 26 de novembro, e levado ao fórum para prestar depoimento sendo logo liberado, retornando à sede em Caxias, Neste mesmo 26, enviou a Macacu, um de seus lugares-tenente, Alisídio Salvador, que em nome de Beser tranquilizou aos cerca de 2.000 lavradores concentrados em praça pública.
Em 27, vítima de uma cilada, Beser é preso novamente e recolhido ao xadrez do DOPS em Niteroi, juntamente com os lavradores Francisco de Assis, Antonio Jorge Xavier e José do Nascimento Assis, todos de Macacú. enquanto Francisco Julião, indiferente à sua prisão, não dignou-se em agir.
O lavrador José do Nascimento Assis, ligado ao “plano de amparo ao trabalhador” da CNTI, mancomunado e a mando do padre Carvalho, do Círculo Operário Cristão, armou uma cilada para Beser ir à uma audiência com o Governador, um dia antes do que fora agendado. Ao saltar na praça das barcas em Niterói, foi preso, e José, o traidor, liberado horas depois.
Chico Assis (à direita), e o traidor José Nascimento Assis (à esq. de paletó) ao lado de Beser (sentado)
Em 29 de novembro, Beser já havia sido recolhido à casa de detenção, de onde escreve emocionado uma Carta ao Povo, “onde denuncia os grileiros, o latifúndio e todas as formas semifeudais de exploração da terra, a meia, a terça, o trabalho não remunerado, o vale do barracão ”. Enquanto a polícia caçava freneticamente dois outros líderes do movimento, José Cabral e Antonio Lopes, eclodia uma ova revolta camponesa contra a grilagem, desta vez na fazenda Vargem Grande, em Sambaetiba, liderada pelo nosso saudoso macacuense, seu João Correia (de Paula).
E é a partir desse momento que mudarei o tom sobre a personalidade de nosso “Guevara Frances”.
Abrem-se as cortinas, o show vai começar
Beser na Casa de detenção de Niterói,
aguardando o julgamento de seu habeas-corpus
Na virada de novembro, Beser seria “desmascarado”, pelo líder sindical Manoel Ferreira da Silva, como sendo agente infiltrado, ligado à OIRT e IBAD. Deste momento em diante Beser sofreu uma dura campanha onde acusavam-no de até ser integrante do “ponto IV”….
O Partido Comunista, em franco processo de degenerescencia ideológica, capitaneou a sórdida campanha contra Beser. Não lhe era conveniente o surgimento de uma liderança tão expressiva junto ao campesinato, adotando uma linha guevarista para a questão agrária brasileira. Afinal, Prestes captulara, optando pelo caminho pacífico via parlamento e reformas.
Começaram a surgir fotos de Beser em companhia de agentes declaradamente estadunidenses e hostis à Cuba. Passaram a questionar a origem do jeep que usava, além de acusá-lo pelo desvio de dinheiro do movimento organizado.
Pouco antes de eclodir a luta em Macacu, Beser aproximara-se do Movimento Renovador Sindical, de orientação centrista , apoiado pelo Estadão.
Não tardou, e todos aqueles que o apoiaram, passarem a justificar, com ressalvas, tal apoio pretérito:
Julião afirma que o conhecia superficialmente, e que apenas o hospedou por três dias. Por sua vez, Ubirajara Muniz negou ter-lhe dado apoio, e tão somente aos lavradores. Ninguém sabia informar como e através de quem ele chegou a Macacu. E todos fugiam à responsabilidade de lhe terem dado crédito.
O clero conservador de Cachoeiras de Macacu se aproveita desse borburinho e passa a influenciar o campesinato em torno das propostas centristas do Círculo Operário.
Mas o sentimento dos lavradores em relação a Beser ainda era forte e organizaram uma passeata no centro da cidade de Cachoeiras.
na imagem o líder Alisídio Salvador, com a bandeira brasileira e
logo atrás, padre Luis Pedroza (único clérigo a apoiar a rebelião)
Começaram então a surgir versões de que em sua aproximação com os vários núcleos das Ligas , Beser chegava ofercendo alguma quantia em dinheiro para fortalecer o movimento. Dinheiro vindo do IBAD, com o qual teria inclusive, adquirido um verdadeiro arsenal de guerra. Além disto, teria recebido apoio do dep. Tenório Cavalcanti, especialista em fabricar “conflitos artificiais”.
Mas na verdade, a liderança que o substituiu em Macacu, João Cabral, esse sim era “tenorista” como podemos perceber na foto abaixo.
Instruído o processo contra Beser, e industriado pelo Dops, o Promotor pediu sua expulsão do país por ser estrangeiro (era frances): seu pedido de naturalização ainda estava em curso.
Sua mãe, a espanhola Dona Pepita acompanhou todo o processo, sempre acompanhada pelo outro filho, João.
Ao final, uma “gravidez emergencial” de sua noiva salvou-o da expulsão. Amparado por dispositivo constitucional, o artº 143 manteve-se no país, respondendo ao processo com base a Lei de Segurança Nacional por “ praticar devastação, saque, destruição, instigar a violência, propagar doutrina subversiva e atentar contra a segurança do Estado”.
Obteve um habeas-corpus concedido, respondendo ao final do processo em liberdade.
recebendo o carinho de sua noiva no ao de sua soltura
Jurado de morte pelos camponeses de Cachoeiras, de Macacu, foi por estes expulso da Liga local, além de afastado também da FALER, a federação da categoria rural. O mesmo ocorreu nacionalmente, feito através de comunicado de Francisco Julião.
A noticia se espalhou como rastilho de pólvora, e em poucos dias os demais núcleos, em Itaguai, Piranema, Casimiro e outros publicizavam o ultimatum : se pisar aqui morre. Chico de Assis, seu lugar-tenente, também considerado traidor, recebeu o mesmo tratamento vilipendiado nas ruas como alcoólatra e oportunista.
O processo criminal passou a correr no fórum de Macacu, sendo ele novamente preso, em janeiro/62. Favorecido por um novo habeas-corpus, depois disso desapareceu. Escafedeu-se.
Se revolucionário equivocado ou agitador infiltrado, uma coisa é certa , Beser era considerado pela imprensa marrom (e a vermelha também) como um Casanova à brasileira . Em cada localidade em que estabelecia um núcleo das Ligas, possuía uma “noiva” : no Macacu , a bela morena da foto – a imprensa chamou-a de Candida Maria , em Parati uma outra, e por fim , umazinha de 17 anos em Caxias, a qual deflorou para engravidá-la e salvar-se de uma expulsão sumária, segundo os noticiários da época.
Mas daí a serem verdadeiras estas informações vai uma distancia enorme !!!!!!!!!
Digo isto, pois fui checar e Beser foi casado com Dona Ruti de Paraty e não com a de Caxias. Constituiu família, e teve belos filhos bem formados.
Em 1970 regularizava sua situação profissional junto ao CREA?Confea. Sua última aparição pública, no quase absoluto anonimato deu-se em 1984, junto à uma comunidade carente da zona oeste do Rio, em um litígio de terras da comunidade versus um grileiro poderoso, o brigadeiro . atuou na causa como assessor jurídico em favor da comunidade.
É essa história de hoje que tinha para contar, embora ainda não esteja concluída : desvendar a que fim levou . Prometo em breve, um bom epílogo para esta História.
De antemão declaro falsas todas as acusações a Mariano Beser. Quando muito, pode-se atribuir a ele um excesso de ímpeto, característico da juventude. Beser era apenas um …
…do tipo que ainda manda flores
Nesses tempos de “opositores inusitados” , fica como dica , o exemplo de Mariano Beser. Para não cairmos em ciladas : cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
É bom lembrar que João Candido, foi preso e alijado dos quadros da Marinha, sob a falsa acusação de conspirar pela derrubada do presidente Hermes da Fonseca. Foram 37 anos do mais absoluto silencio até que a verdade veio à tona.
Não sei se Mariano Beser ainda é vivo. Só sei que ele vive na minha memória !
DO ACERVO DE ALBERTO SANTOS)
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Antônio Vaz era meu bisavô, me deparei com esse artigo procurando informações sobre ele.