Às vésperas da visita do general João Batista Figueiredo à Foz do Iguaçu em 1982 desatou uma grande onda de repressões na fronteira. No dia 5 de novembro os ditadores Figueiredo e Stroessner iriam se encontrar para a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Corsino Coronel figura como um dos presos pela polícia política do strossnismo. Ele foi um dos fundadores das Ligas Agrárias Cristãs, do Paraguai. As LACs eran organizações que tinham armazéns de consumo e praticavam a troca de produtos.
Elas se formaron em princípios dos anos 60, quando os agricultores decidiram melhorar suas condições de vida por meio da “união e solidaridade”.
Rapidamente elas se expandiram por todo o país e na década de 70 elas se constituiram em Confederação Nacional das Ligas Agrárias Cristãs. Elas criaram armazéns de consumo, trocavam produtos e não davam participação aos intermediários. Aos poucos foram ocupando os espaços antes monopolizados pelos chefes políticos stronistas, pelos presidentes das seccionais coloradas e pelos informantes da ditadura.
Todos estes trabalhos de conscientização e associação camponesa incomodavam fortemente o regime ditatorial, que desatou primeiramente uma repressão seletiva sobre os dirigentes e em seguida generalizou a todos os membros das Ligas.
A repressão foi violenta, cruel e sanguinária. Ocorreu na Semana Santa de1976. Muitos camponeses foram presos, mortos e desaparecidos. Corsino Coronel foi uma das vítimas da “blitzkrieg” da ditadura do general Alfredo Stroessner.
DOCUMENTOS REVELADOS
Itaipu Binacional
28SET1984
I/A/GS/D 1 N006
INFO DO FUNCIONARIO LUIS R. FRANCO
AO JEFE DE LA GUARDIA DE SEGURIDAD
ASSUNTO: INSCRICIONES OFENSIVAS CONTRA EL PRESIDENTE DEL BRASIL Y REIVINDICACIONES SOBRE SALARIO,ESCRITOS POR LA PARED EN LA PLATAFORMA 127 DE LA CASA DE FUERZA DE LA M.D.
Informe do Diretor de Política e Afins, General Alberto Canteiros ao Chefe do Departamento de Investigações, Pastor Coronel
24OUT1982
DPA 1290
ANEXO
Páginas 06 e 07, da edição n 331, de 21OUT88
“Ditadura de Stroessner no banco dos réus”
“Relatório da Comissão de Direitos Humanos da OEA traça um quadro negro sobre o Paraguai”