Durante a ditadura militar muitos presos políticos, após serem submetidas a torturas intensas, foram internados em hospitais psiquiátricos, em consequência das horas pendurados no pau-de-arara e recendo choques elétricos e afogamento.
Alguns desses presos internados em manicômios, foram chamados para novos interrogatóriosm como é o caso de Paulo Roberto Benchimol;
O documentos em anexo, revela ofício do Diretor do Manicômio Judiciário Heitor Carrilho, encaminhando Benchimol para um novo interrogatório.
Paulo Roberto das Neves Benchimol, foi um ativo membro do MR8 (o primeiro, que foi criado em 1967, na cidade de Niteroi). Benchimol ficou preso na Ilha das Flores torturado, começou a ouvir vozes “dizendo que estava de volta para as mãos do diabo”. “A voz é parecida com um daqueles agentes que me interrogaram. Algumas vezes a voz falava diretamente com o agente, me acusando, no exato momento em que o interlocutor também me acusava”, disse Benchimol para os peritos que fizeram seu laudo psiquiátrico. Foi mandado para o Manicômio Judiciário, onde foi “submetido a um tratamento psiquiátrico intenso”, segundo laudo da época. Recebeu “uma série de oito eletrochoques
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