Ministério das Relações Exteriores
CIEX nº 419/73
11 setembro 73
Origem: Altair
28 julho 73
Atividades da Associação Chile Brasileira de Solidariedade
No caso, o agente do Ciex, que assina o informe como Altair, após ter se infiltrado na comunidade de exilados políticos faz uma narrativa sobre a caixinha de socorro coordenada por José Ferreira Cardoso.
Um dos mais eficientes agentes da ditadura militar brasileira foi Alberto Conrado. De 1967 a 1980, Alberto Conrado Avegno teve intensa atividade secreta, como infiltrado da ditadura militar (1964-85) entre os exilados brasileiros no Uruguai. Interceptava e copiava cartas, produzia relatórios com nomes, endereços e planos, dando subsídios a 361 informes da ditadura apenas entre 1974 e 75. Fez viagens internacionais para cumprir “missões” do governo brasileiro. Foi detido duas vezes, no Uruguai e no Brasil, e liberado ao revelar-se infiltrado.
Identificado nos relatórios sob diferentes codinomes “Altair”, “Johnson”, “Mário”, “Carlos Silveira” e até mesmo “Zuleica”, ao longo de 14 anos ele se firmou como “único homem infiltrado no meio subversivo e peça fundamental do esquema de segurança do Brasil no Uruguai”. As palavras são de um homem da ditadura, o delegado Rui Dourado, que ajudou o ex-embaixador Manoel Pio Corrêa a montar o Ciex (Centro de Informações do Exterior), máquina de espionagem do Itamaraty
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