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FINALMENTE REVELADO O DIÁRIO DO CORONEL JEFFERSON CARDIN, LÍDER DA “GUERRILHA DOS DENTES DE OURO”

Documentos Revelados publica o então inédito diário do coronel Jefferson Cardin de Alencar Osório, líder da primeira guerrilha contra a ditadura militar brasileira, em abril de 1965.

O diário mostra que o objetivo do movimento  era ocupar quartéis no interior do Rio Grande do Sul para forçar uma insurreição armada e popular contra o regime.

De acordo com o documento, escrito pelo coronel Jefferson Cardim, o  grupo que saiu de Três Passos,  tinha como missão tomar o 7º Grupo de Canhões de Ijuí (atual 27º Grupo de Artilharia de Campanha). O objetivo era, a partir dali, espalhar sublevações por quartéis de Santa Maria, Pelotas, Cruz Alta e Santo Angelo, entre outras cidades. No 7º GAC, dois sargentos legalistas dariam apoio à ocupação e ao confisco de armas.

A revelação contraria as versões oficiais, que classificam a Guerrilha de Três Passos como uma ação realizada sem planejamento, sem apoio das lideranças políticas no exílio e fruto do delírio de um militar que não tinha a confiança dos principais opositores do regime. Osório mostra, nas suas memórias, que havia um conjunto de ações prioritárias no planejamento do grupo, incluindo um minucioso mapeamento da região, senhas e mensagens secretas e até um plano B – posto em prática com o fracasso da missão, logo na sua primeira parte.

Documentos Revelados publica o então inédito diário do coronel Jefferson Cardin de Alencar Osório, líder da primeira guerrilha contra a ditadura militar brasileira, em abril de 1965.

O diário mostra que o objetivo do movimento  era ocupar quartéis no interior do Rio Grande do Sul para forçar uma insurreição armada e popular contra o regime.

De acordo com o documento, escrito pelo coronel Jefferson Cardim, o  grupo que saiu de Três Passos,  tinha como missão tomar o 7º Grupo de Canhões de Ijuí (atual 27º Grupo de Artilharia de Campanha). O objetivo era, a partir dali, espalhar sublevações por quartéis de Santa Maria, Pelotas, Cruz Alta e Santo Angelo, entre outras cidades. No 7º GAC, dois sargentos legalistas dariam apoio à ocupação e ao confisco de armas.

 

A revelação contraria as versões oficiais, que classificam a Guerrilha de Três Passos como uma ação realizada sem planejamento, sem apoio das lideranças políticas no exílio e fruto do delírio de um militar que não tinha a confiança dos principais opositores do regime. Osório mostra, nas suas memórias, que havia um conjunto de ações prioritárias no planejamento do grupo, incluindo um minucioso mapeamento da região, senhas e mensagens secretas e até um plano B – posto em prática com o fracasso da missão, logo na sua primeira parte.

 

A etapa inicial do plano foi cumprida com relativo êxito: em Três Passos, a uma hora de marcha de Ijuí, o grupo de 23 combatentes reunido por Osório invadiu a rádio Difusora na madrugada de 26 de março e transmitiu uma “Proclamação ao Povo Gaúcho”. O manifesto, elaborado pelo coronel, era a senha para que os integrantes das forças de oposição ao governo militar pegassem em armas antes do golpe completar um ano, poucos dias depois.

No diário, o coronel não deixa dúvidas sobre os objetivos do movimento, sobre as razões do fracasso e sobre a até hoje controversa participação de Brizola no episódio. Osório narra que a segunda fase do plano de insurreição não se concretizou pela falta dos efetivos prometidos pelos organizadores – o comandante esperava ter 60 homens para marchar sobre Ijuí, incluindo pelo menos 12 sargentos. E revela que a estratégia do “esquema do Brizola” repetiria o movimento dos tenentes de 1922. “Até aqui, o planejamento estava dentro do esquema do Brizola, um movimento convencional como a tomada dos 18 do forte de Copacabana em 1922 (…) que visava esperar adesões dos quartéis”.

“A adesão que não aconteceu obrigou os comandantes do Movimento Revolucionário Três Passos a optarem pelo plano B. No diário, o coronel relata que, a partir do momento em que as rádios noticiavam a tomada da cidade gaúcha sem qualquer levante nos quartéis, ficou claro que restava à coluna se deslocar em formato de guerrilha até o sul do Mato Grosso, “onde vários fazendeiros nos dariam apoio logístico necessário (…) e (havia) facilidade para aliciar homens para a luta contra a ditadura”.

 

O documento, que integra um conjunto de relatos pessoais de Jefferson sobre sua participação no combate à ditadura no Brasil, relata em 41 páginas toda a Guerrilha de Três Passos, da partida do pequeno grupo desde Rivera (Uruguai) na manhã de 19 de março de 1965 até a capitulação, nove dias depois, na cidade paranaense de Leônidas Marques. O único combate travado entre a coluna e as tropas do Exército deslocadas para conter o levante, ocorrido na cidade paranaense na manhã do dia 27 de março, resultou na morte do sargento do Exército Carlos Argemiro de Camargo – a autoria dos disparos até hoje continua incerta.

Fonte :

Eder Content

Andreia Lago, José de Souza  e Ricardo Gozzi

A

Andreia Lago, José de Souza  e Ricardo Gozzi

https://noticias.uol.com.br/infograficos/2015/05/04/guerrilha-de-tres-passos.htm

 

 

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