Nesse documento consta o informe redigido pela Assessoria de Segurança e Informações (ASI) e da Fundação Universidade Estadual de Londrina sobre a União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Londrina (UMES-Londrina) em junho de 1981. Consta nele o relato das organizações e atuações que estavam sendo promovidas pelos estudantes secundaristas de Londrina.
No informe há mais de 200 páginas de informações coletadas de diversos estudantes e militantes envolvidos nas movimentações, contendo fotos, dados pessoais como endereço, nome de familiares e um cronograma detalhado da movimentação feita por esses sujeitos.
Essa documentação nos permite enfatizar como os estudantes foram um dos principais alvos da repressão. O regime, que buscava consolidar um poder autoritário, via no movimento estudantil uma ameaça significativa, pois os jovens eram fontes de resistência e de questionamento das estruturas do poder. As manifestações estudantis, muitas vezes ligadas a causas democráticas, sociais e políticas, eram vistas como focos de subversão e desordem.
A perseguição se manifestou de diversas formas, incluindo prisões, torturas e assassinatos de estudantes e líderes estudantis. Além disso, a censura foi intensificada nas universidades, com a proibição de debates, palestras e eventos que criticassem o regime. Muitos alunos foram obrigados a se exilar ou foram forçados a interromper seus estudos.
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