No presente artigo, iremos analisar o chamado “Grupo do Onofre”, cinco brasileiros exilados e um argentino que, em 1974, inseridos em um intenso processo de autocrítica da esquerda e sua estratégia revolucionária de luta armada, decidiram retomar os planos de guerrilha camponesa no Brasil, e acabaram por cair nas redes da repressão ditatorial. Repressão que, em nome da Doutrina de Segurança Nacional, não só perseguia, espionava e monitorava brasileiros em outros países, como os atraía para armadilhas, exterminando-os. Apesar da chamada Operação Condor, aliança político-militar firmada entre Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil, ter sido criada apenas em fins de 1975, diversas outras ações antirrevolucionárias articuladas entre forças militares repressoras destes países aconteceram. A história por trás do assassinato e desaparecimento de Joel José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Victor Ramos, Enrique Ruggia, José Lavéchia e Onofre Pinto é um destes exemplos de perseguição, cooperação e emboscada em nível internacional, envolvendo diretamente três países do Cone Sul, na chamada “guerra contrainsurgente”.
Yuri Rosa de Carvalho Mestrando em História pela UFSM, bolsista REUNI/CAPES. Endereço Eletrônico: yuri.rc@gmail.com Diorge Alceno Konrad Professor Doutor Adjunto do PPG e do Departamento de História da UFSM, Doutor em História Social do Trabalho pela UNICAMP, Orientador. Endereço Eletrônico: gdkonrad@uol.com.b