Niterói foi um dos focos mais ativos da resistência à ditadura militar instalada a partir de primeiro de abril de 1964. As principais ações da resistência partiam do movimento estudantil e dos operários dos estaleiros navais.
Os confrontos entre os militantes da resistência e a repressão eram constantes. Por outro lado os espiões estavam presentes, as vezes infiltrados, outras vezes às escondidas, espiando e anotando os movimentos dos resistentes.
No informe em anexo escrito referente as atividades do dia 15 de maio de 1967, o “araponga” (assim ficaram conhecidos os espiões), relata um confronto entre os resistentes Aluízio Palmar e Sebastião Cruz, com agentes da Delegacia de Ordem Política e Social. Ambos estavam “pregando” cartazes no mural da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais da UFF, quando foram reprimidos pelos agentes da DOPS.
Relata ainda o “araponga” a colocação de cartazes na Faculdade de Direito e um encontro entre lideranças estudantis em um bar na Praça do Rinque, em Niterói. relatos-atividades1967-2