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A DOPS E A REPRESSÃO AO MOVIMENTO ESTUDANTIL EM CURITIBA (1964-1969)

Andréia Zaparte

O presente pesquisa busca compreender o engendramento da repressão institucionalizada contra o movimento estudantil, na cidade de Curitiba, Paraná, no período compreendido entre os anos de 1964 à 1969, que correspondem, respectivamente, ao início da ditadura militar no Brasil e, a efetiva extinção da União Paranaense dos Estudantes (UPE) com a dissolução do seu patrimônio, tendo por base os documentos produzidos e/ou arquivados pela Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS). Na conjuntura de implantação da ditadura militar, com o golpe de Estado de 1964 e a Doutrina de Segurança Nacional, com a promulgação de Atos Institucionais, Leis e Decretos-Lei, montagem do aparato repressivo e fortalecimento da DOPS, as entidades estudantis, até então existentes, foram substituídas por entidades criadas pela Lei Suplicy (Lei 4.464/64), atreladas à ditadura e sem autonomia. Nesse contexto, o movimento estudantil lutou em favor da Universidade pública, gratuita e de qualidade, pela liberdade democrática e melhores condições de vida, contra a ditadura, o imperialismo, a exploração econômica, a desestruturação do ensino no Brasil e a repressão. Assim sendo, passaram a ser considerados pela polícia política como inimigos internos e, por conseqüência, foram vigiados e perseguidos, muitos foram presos e torturados, outros se engajaram a movimentos de esquerda e atuaram na clandestinidade, outros, foram mortos.

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