FOTOS MEMÓRIA DAS ESTUDANTES PRESAS POR OCASIÃO DO CONGRESSO DA UNE, REALIZADO EM IBIUNA EM 1968.
NA RELAÇÃO TRÊS DESAPARECIDAS POLÍTICAS:
HELENIRA REZENDE, RANUSIA ALVES RODRIGUES E MARIA AUGUSTA THOMAZ.;
12 de outubro de 1968
Cerca de mil estudantes haviam comparecido ao 30º Congresso da UNE. O encontro acontecia num sítio, na cidade de Ibiúna, localizada a 70 Km de São Paulo.
Com poucos alojamentos, sem muita estrutura, muitos estudantes dormiam no chão de barro, em barracas improvisadas, em meio à lama, por causa do tempo chuvoso.
A eleição da nova direção da União Nacional dos Estudantes seria fundamental para decidir o futuro do movimento estudantil.
A luta pela presidência estava especialmente acirrada. Vladimir Palmeira apoiava José Dirceu, ex-presidente da UEE de São Paulo. Luiz Travassos dava sustentação à Jean Marc, ex-presidente do centro acadêmico da Faculdade de Química da UFRJ.
De acordo com Franklin Martins, a linha de Travassos seria derrotada, como já vinha acontecendo na maioria dos congressos regionais.
– A UNE está sem qualquer organização real e isso já vinha de antes dos tempos do Travassos. Ela não é respeitada em diversos estados importantes. Acreditamos que o José Dirceu possa lhe dar a mesma organização que promoveu a UEE de São Paulo, onde esmagou a corrente travassista representada por Catarina Meloni, declarou, conforme matéria da Revista Veja.
Porém, a polícia ficou sabendo da localização do Congresso, planejando a invasão ao sítio bem cedo pela manhã, antes que houvesse a realização da eleição. Inúmeros soldados da PM e do DOPS chegaram atirando com balas de festim.
Muitos universitários ainda dormiam nas barracas, outros tomavam café, todos foram pegos de surpresa. Não houve resistência.
Rapazes e moças saíram enrolados em cobertores, sujos de lama, andando pelas ruas até a Cooperativa Agrícola de Cotia, onde aguardavam ônibus, caminhões e kombis, que os levariam até a cidade de São Paulo. (blog de Vladimir Palmeira)
Emocionante percorrer esse álbum com as fotos de nossas belas, espiritual e fisicamente, companheiras de luta, conhecidas e desconhecidas, reencontrando imagens que estavam gravadas na memória. Algumas já não vejo há tempos, outras, nem suspeitava que estavam lá, embora fosse lógico imaginar, por sua atuação e seu compromisso.
Mais uma publicação notável, caro Aluísio Palmar.
1165. E eu e outras algumas companheiras fomos para o Presídio feminino. Demoramos para sermos soltas
Emocionante ver o quanto o Movimento de Estudantes Ativistas e Comprometidas sendo veemente açoitadas por uma política Suja!
Minha mãe está aí nesta galeria. Se possível você que está lendo este comentário, pesquise “Laura e Wellington” no YouTube. É uma música minha em que eu conto a história de um belo casal, na época dois estudantes que foram presos em 1968.
Acabei de ouvir. Parabéns Igor
Se faziam parte de grupos subversivos, que participam terrorismo e assassinatos, existiu razão para serem punidas. Tenho orgulho de meu pai, o jovem tenente H.G.D. que combateu bravamente contra a guerrilha do Araguaia, derrotando os malditos que queriam transformar o pias em uma ditadura socialista miserável.Se reformou como corone. Este sim, um dos verdadeiros heróis da nação.