Censura Fundo Foz do Iguaçu Geral Repressão

EM 1971, CORONEL CHEFE DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU, PERSEGUIU PIONEIRO DONO DE JORNAL

Of. 421/71

22.09.1971

Ministério da Agricultura

Instituto Brasileiro de desenvolvimento Florestal

Parque Nacional do Iguaçu

Do Administrador do PNI ao editor do O Jornal de Foz

Of 150/71

04.10.1971

Do Presidente da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, vereador Silvino Dal Bo ao Ten.Cel Luiz Ururahi – Chefe do SNI

Uma matéria com o título “Cataratas do Iguaçu arrendadas por 10 anos” rendeu ao pioneiro do jornalismo iguaçuense Almir  Antônio Machado Nunes uma série de aborrecimentos, inclusive um Inquérito instaurado pela Polícia Federal e a “cassação” de seu cartão de fronteiriço, que era emitido pela Polícia Federal.

A ação policial desencadeada em setembro/outubro de 1971 teve origem numa queixa encaminhada ao órgão pelo administrador do Parque Nacional do Iguaçu, Coronel Jaime  de Paiva Bello. No documento enviado à Polícia Federal, o coronel Jaime, acusa Almir Nunes de se valer do semanário “O Jornal de Foz” para jogar a população contra as autoridades e cita a matéria escrita pelo  jornalista e que teve como fonte um discurso feito na Tribuna da Camara Municipal, pelo vereador arenista Evandro Stelle Teixeira.

Na matéria parte do discurso de Teixeira foi transcrito e nele o vereador denunciou contrato em que o IBDF arrendou por dez anos a exploraçao da área de visitação das Cataratas para a Empresa de Hotéis e Turismo de foz do Iguaçu.  Segundo Teixeira, o contrato de arrendamento seria lesivo ao país devido devidos as amplas concessões para exploração de serviços  e pela  cláusula que permitia sua renovação ad eternum.

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