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GLAUBER ROCHA, MARCADO PARA MORRER. DOCUMENTOS DA DITADURA MILITAR COMPROVAM QUE HAVIA ORDEM PARA ASSASSINAR O CINEASTA

Documentos da ditadura militar comprovam que o cineasta Glauber Rocha estava marcado para morrer pela ditadura. No alto da primeira pagina do documento  expedido pela seção de espionagem e repressão da Aeronáutica esta escrito a mão a ordem de matar Glauber. Uma análise produzida pelo Centro de Informações da Aeronáutica (Cisa) em 25 de setembro de 1971 afirma que o diretor de “Deus e o diabo na terra do sol”, que foi lançado em 1964, deu entrevista a revista “Time Out” que “se constituiu num dos mais violentos ataques feitos ao Brasil em qualquer órgão da imprensa britânica”. O documento afirma que a revista “tem seção política com orientação esquerdista”.

O documento lista nomes de personalidades que eram relacionadas com Glauber, insinuando que faziam parte de um movimento de oposição ao regime militar. No documento do Cisa foram mencionados o ator Othon Bastos, Ricardo Cravo Albim, o produtor Luiz Carlos Barreto (“porta-voz da esquerda cinematográfica nacional”, o cineasta Joaquim Pedro de Andrade (“elemento de formação marxista”), o músico Sérgio Ricardo (“ligado à esquerda e quem fez as canções do filme Deus e o diabo”) e Jacques Dleinzelin (“elemento ligado à esquerda paulista”).Veja o que disse Othon Bastos sobre o documento.

Em 1971, quando saiu documento do Cisa, foi o auge da repressão política, no governo Médici. Várias organizações da esquerda clandestina foram destroçadas pela repressão, que matou e torturou em nome da ideologia de segurança nacional.

Naquele ano, Glauber já era um cineasta de destaque no exterior tendo, inclusive, conquistado o prêmio de melhor diretor em Cannes. Era integrante de destaque do Cinema Novo, cuja proposta era mostrar o Brasil real, sem maquiagens. Ele, portanto, tinha credibilidade para falar do que estava acontecendo no Brasil, onde a imprensa era totalmente censurada. Nas entrevistas que deu no exterior, ele fazia denúncias que atrapalhavam o Brasil dos militares. Denunciou torturas, massacre de indígenas, execuções, e financiamentos dos Estados Unidos, Japão e Alemanha em apoio ao regime militar.

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1 comentário

  1. Haeckel de Lisboa Araujo Silva. diz:

    Eu achei um absurdo.o que quiseram fazer contra Glauber Rocha.so porque ele denunciou o que havia de errado com o nosso País.minha mãe Dona Iane de Lisboa Araujo Silva.foi vizinha dele.quando moravam nos Barris.nos anos 50.quando Glauber estudou no Colegio Central.ali perto.o pai dele.seu Adamastor Rocha.dono da loja de roupas.que leva o seu nome O Adamastor.que se localiza na Rua Chile.tambem no Centro.era amigo do meu avô paterno.sr.German Muinos.que comprava roupas lá.cuja filha Dona Lucília Muinos.se casou com um parente de Glauber e.por isso.passou a se assinar.como Lucília Muinos de Andrade.indo morar em Vitória da Conquista.cidade natal de Glauber Rocha.e seu Adamastor.morava na Rua da Mouraria no.38 ou 40.no bairro de Nazaré.tambem aqui em Salvador.

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