O documento em anexo, traz observações escritas pelo único sobrevivente da “Chacina da Granja de São Bento”, em cima de um depoimento que o agente policial Carlos Alberto Augusto prestou ao Procurador Regional da República, Marlon Weichert.
Em suas observações, Jorge Barrett joga por terra a versão de “Carlinhos Metralha” e faz revelações sobre a morte de sua irmã Soledad Barret, a “Heroína de Três Pátrias” e outros cinco membros da Vanguarda Popular Revolucionária, ocorrida em 8 de janeiro de 1973.
Ainda em seus comentários, Jorge Barrett desmascara o agente policial infiltrado José Anselmo dos Santos , conhecido como “Cabo Anselmo”
A Granja de São Bento foi o cenário escolhido pelo delegado Sérgio Fleury para encenar um tiroteio entre militantes da VPR e agentes da repressão.
O “massacre da Granja São Bento” vitimou os militantes de esquerda Eudaldo Gomes da Silva, 26 anos; Evaldo Luiz Ferreira de Souza, 31 anos; Jarbas Pereira Marques, 24 anos; José Manoel da Silva, 33 anos; Pauline Philippe Reichstul, 26 anos e Soledad Barret Viedma, 28 anos.
Todas as seis vítimas após serem presas em lugares distintos, foram torturadas e mortas na Granja São Bento, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Ao cenário foram adicionadas armas ao redor dos corpos para sugerir um confronto entre guerrilheiros e militares que nunca existiu. As vítimas foram delatadas pelo agente da ditadura militar, o Cabo Anselmo.
Em uma entrevista a mim concedida, Jorge Barret conta como ocorreram as mortes de Soledad Barret Viedma, de Pauline Reichstul, Eudaldo Gomes da Silva, Jarbas Pereira Marques, Evaldo Luis Ferreira e José Manoel da Silva.
Abaixo, trechos de entrevista a mim concedida por Jorge Barrett e o documento em PDF contendo os seus comentários.