Alberto Conrado era espião do Centro de Informações da Marinha – Cenimar, infiltrado em algumas organizações da Resistência à ditadura militar.
Ele morava em Montevidéu em começou suas atividades espionando os brasileiros exilados no Uruguai; que naquela época em sua maioria eram trabalhistas que estavam no Governo de João Goulart e militares nacionalistas.
Já na década de 70, com o esfriamento das conspirações nos grupos trabalhistas e brizolistas, Conrado se infiltrou nas organizações lideradas pelo Major Cerveira e outros militares de esquerda que aderiram à luta armada.
A desenvoltura com que Alberto Conrado desenvolvia sua atividade levou ele a ter contatos com militantes da Resistência brasileira à ditadura militar em São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Santiago do Chile.
Ele recebia suas correspondência com a esquerda, em uma caixa postal que possuía na Agência Central de Correios de Montevidéu.
Porém, sem que ele soubesse a polícia uruguaia estava à algum tempo controlando suas movimentações achando que ele era um perigoso subversivo e guerrilheiro.
Em junho de 1975 ele foi preso e suas correspondências com as organizações de esquerda foram apreendidas. Tanto as que foram encontradas na Caixa de Correios como outras tantas que estavam em sua casa.
No interrogatório . Conrado abriu que era agente do Centro de Informações da Marinha do Brasil e que recebia um salário em troca de informações.
Documento: Ministério do Exército
2ª Seção
Pedido de Busca 055
23 de junho de 1975
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