O documento é um relatório policial da Delegacia de Ordem Política e Social (DOPS) do Estado da Guanabara, de 22 de outubro de 1969, emitido durante a ditadura militar brasileira. Dirigido ao Presidente da Comissão Geral de Inquérito Policial Militar, o texto trata da apreensão do livro “Maria Bethânia: Guerreira Guerrilheira”, além da investigação sobre seus autores, editores e distribuidores. O delegado determina que seja realizada uma busca na residência do escritor Reynaldo Jardim para apreender todos os exemplares da obra, além de quaisquer outros materiais de conteúdo considerado subversivo. Caso o autor estivesse presente, deveria ser conduzido imediatamente à delegacia para prestar depoimento.
O livro em questão, “Maria Bethânia: Guerreira Guerrilheira”, era uma obra de tom poético e político, que celebrava a figura da cantora Maria Bethânia como símbolo de resistência feminina e cultural. Embora não tivesse conteúdo literal de incitação à luta armada, o título e o contexto simbólico da obra foram suficientes para despertar a suspeita dos órgãos de repressão. A metáfora da “guerrilheira” foi interpretada como uma afronta ao regime, e a associação da artista à militância, mesmo que simbólica ou cultural, foi motivo para ações de censura e perseguição. A obra tornou-se assim um exemplo de como a ditadura militar reprimia qualquer forma de expressão que pudesse ser entendida como crítica ao regime ou associada à resistência, mesmo quando essa crítica se dava por vias estéticas e poéticas.
Esse relatório é um exemplo emblemático da repressão à liberdade de expressão e ao meio artístico durante a ditadura militar. Demonstra como a censura e a perseguição ideológica eram aplicadas não apenas a militantes políticos, mas também a escritores, jornalistas, editores e artistas. A simples publicação de uma obra com teor simbólico ou crítico era suficiente para mobilizar o aparato repressivo do Estado. A menção a Maria Bethânia no relatório mostra como figuras públicas da música e da cultura estavam sob constante vigilância, mesmo sem envolvimento direto em ações políticas. Documentos como este revelam a profundidade da política de controle ideológico da ditadura e o medo que o regime tinha da arte como forma de resistência.
O livro em questão, “Maria Bethânia: Guerreira Guerrilheira”, era uma obra de tom poético e político, que celebrava a figura da cantora Maria Bethânia como símbolo de resistência feminina e cultural. Embora não tivesse conteúdo literal de incitação à luta armada, o título e o contexto simbólico da obra foram suficientes para despertar a suspeita dos órgãos de repressão. A metáfora da “guerrilheira” foi interpretada como uma afronta ao regime, e a associação da artista à militância, mesmo que simbólica ou cultural, foi motivo para ações de censura e perseguição. A obra tornou-se assim um exemplo de como a ditadura militar reprimia qualquer forma de expressão que pudesse ser entendida como crítica ao regime ou associada à resistência, mesmo quando essa crítica se dava por vias estéticas e poéticas.
Esse relatório é um exemplo emblemático da repressão à liberdade de expressão e ao meio artístico durante a ditadura militar. Demonstra como a censura e a perseguição ideológica eram aplicadas não apenas a militantes políticos, mas também a escritores, jornalistas, editores e artistas. A simples publicação de uma obra com teor simbólico ou crítico era suficiente para mobilizar o aparato repressivo do Estado. A menção a Maria Bethânia no relatório mostra como figuras públicas da música e da cultura estavam sob constante vigilância, mesmo sem envolvimento direto em ações políticas. Documentos como este revelam a profundidade da política de controle ideológico da ditadura e o medo que o regime tinha da arte como forma de resistência.
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