Entre o movimento estudantil e a luta armada: Eudaldo Gomes da Silva e o “Massacre da Chácara São Bento” ((1960/1970)
Lucileide Costa Cardoso*
O texto busca recuperar a história singular do estudante Eudaldo Gomes da Silva, presidente do Diretório Acadêmico Landulfo Alves (Dala), em 1968, pertencente à antiga Escola Agronômica da Bahia, EAB, hoje conhecida como UFRB. Além de líder estudantil, Eudaldo foi militante da VPR, Vanguarda Popular Revolucionária, banido do Brasil em 15 de junho de 1970, por ocasião do sequestro do embaixador da Alemanha, Von Holleben, com mais 39 presos políticos. Retornando ao Brasil clandestinamente, foi morto no dia 7 de janeiro de 1973, juntamente com outros militantes, no município de Paulista, Pernambuco. O caso é conhecido como “Massacre da Chácara São Bento”. Traídos pelo ex-cabo Anselmo, todos foram presos pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury, que os torturou até a morte. A intenção da pesquisa é mapear alguns interlocutores ainda vivos que militaram no movimento estudantil junto com Eudaldo e que até hoje conservam suas lembranças. Para tal fi m, inserimos a sua história no contexto do movimento estudantil do Recôncavo Baiano, especialmente as contestações na conjuntura do pré-golpe de 1964, no ano emblemático de 1968 e no processo de reorganização estudantil em meados dos anos 70.
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Eudaldo nunca foi presidente do DALA, meu pai era um dos membros a época de Eudaldo, e o presidente era Abdom.