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Perseguição implacavel da ditadura militar contra Luiz Travassos, presidente da UNE (1968)

Luís Travassos nasceu em 1945 em São Paulo e faleceu no dia 24 de fevereiro de 1982 no Rio de Janeiro. Estudante de direito da PUC-SP, foi eleito presidente da UNE no XIX congresso da entidade, realizado de forma clandestina em 1967. Travassos foi eleito em um comício-relâmpago realizado na Praça da Sé de São Paulo no dia 10 de agosto, que durou apenas 15 minutos, longe da atenção da polícia, que procurava pelo presidente-eleito da UNE. As outras duas etapas do congresso foram realizadas em um convento em Vinhedo, no interior de SP, em escolas de São Paulo.

Travassos foi um dos líderes e organizadores da Passeata dos 100 Mil, manifestação popular que aconteceu no centro do Rio de Janeiro, em 26 de junho de 1968, contra o governo militar. Preso em outubro do mesmo ano no 30.º Congresso da UNE, em Ibiúna, interior de São Paulo, foi solto com mais 14 presos políticos, em setembro de 1969, em troca da vida do embaixador Charles Elbrick, sequestrado no Rio de Janeiro por guerrilheiros da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).

Após dez anos de exílio em Cuba e na Alemanha, Travassos retornou ao país dois meses depois da publicação da Lei da Anistia em 1979. Passou a trabalhar como tradutor de alemão e ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT). Morreu no Rio de Janeiro, aos 37 anos, vítima de um acidente de carro no Aterro do Flamengo.BR_AN_BSB_VAZ_004_0100

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