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O REVOLUCIONÁRIO ANTONIO PRESTES DE PAULA, UMA DAS PRINCIPAIS LIDERANÇAS DO MOVIMENTO DOS SARGENTOS

Antônio Prestes de Paula nasceu em 1939.

Sargento da Aeronáutica, era uma das principais lideranças do movimento dos sargentos, que integrava a rede de organizações que apoiavam as chamadas reformas de base — agrária, urbana, educacional, constitucional — preconizadas pelo governo do presidente João Goulart (1961-1964).

Prestes de Paula liderou, em setembro de 1963, a revolta dos sargentos ocorrida em Brasília. A revolta reuniu 650 sargentos, cabos e soldados da Marinha e da Aeronáutica e foi causada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em reafirmar a inelegibilidade dos sargentos, prevista na Constituição de 1946, para os órgãos do Poder Legislativo. O levante foi rapidamente reprimido e Prestes de Paula preso. Ficou detido até a anistia concedida pelo presidente.

Após o golpe militar que depôs Goulart, em 31 de março de 1964, e instaurou um regime ditatorial, Antônio Prestes de Paula foi expulso da Aeronáutica e condenado a 20 anos de prisão. Em maio de 1969, participou de uma fuga juntamente com outros presos e exilou-se do país, retornando de Paris depois na anistia política ocorrida em agosto de 1979.

http://pt.scribd.com/doc/134382004/Br-Sp-Apesp-Deops-San-p001558-01prestes

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2 comentários

  1. Marcelo Mário de Melo diz:

    Há retificações a fazer acerca do itinerário de Antônio Prestes de Paula. Ele não foi para o exílio em 1969, quando fugiu da prisão, mas só entre 1973/74. Nesses 4 a 5 anos atuou no MAR – Movimento Armado Revolucionário, migrou para o PCBR logo em seguida e ficou altuando na clandestinidade. Participóu de diversos assaltos a banco no Rio e na Bahia, escapou do cerco em que eliminou o soldado torturador Elias, quando foi metralhado Marco Antônio. No Recife escapou em 1973 de outro cerco, correndo de telhado em telhado, mas deixando a sua carteira de identidade com a foto pós-operação plástica. Recusava-se a sair do País. O comitê central do PCBR o convocou para uma reunião no Chilh e, dentro dela, aprovou contra o seu voto o seu não retorno ao Brasil, iniciando-se aí o seu exílio. Estive com ele na Banhia e em Natal, nos anos 1970 e 1971. Reencontrei-o em 1980, quando do lançamento do jornal O Povão, promovido por Bruno Maranhão, comigo, Rubens Lemos e Chico de Assis na redação, sendo o p-rimeiro editor Adauto Novais., seguido de Rubem e concluindo comigo.

    1. Antonio Carlos de Oliveira diz:

      Marcelo, boa tarde! Existe algum livro com a trajetória de Prestes de Paula para ser comprado ou consultado?

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