O documento, datado de agosto de 1973, é um relatório confidencial do Centro de Informações do Exército (CIE), produzido durante a ditadura militar brasileira. O texto tem como foco o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda, acusado de envolvimento com organizações subversivas. Baseado em declarações de um preso político, o relatório descreve Chico como militante disfarçado por meio de sua atuação artística, com ligações a movimentos estudantis e culturais de esquerda.
O documento revela a visão dos militares sobre o campo artístico como um espaço subversivo, além de eventos e locais ligados à cultura e à universidade, o relatório evidencia o nível de vigilância exercido contra qualquer atividade considerada crítica ao regime. Chico Buarque aparece como figura central por sua projeção pública e por sua disposição em participar de manifestações culturais ligadas à oposição.
Podemos observar a repressão sistemática promovida pela ditadura contra artistas, intelectuais e estudantes. Ele demonstra como o regime tratava a arte como ameaça à ordem, utilizando seus órgãos de informação para perseguir e intimidar figuras públicas engajadas. A trajetória de Chico Buarque, marcada por resistência e censura, ajuda a compreender o papel fundamental da cultura na luta contra o autoritarismo no Brasil
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