O ator do livro “Terrorismo, Tortura e Morte no Brasil, Ricardo Bradão, era estudante no Rio de Janeiro, foi preso em Mato Grosso e conduzido novamente a cidade carioca, onde permaneceu preso de maio de 1964 até 1969.
Após se livrar de uma prisão no Rio, Ricardo voltou a Mato Grosso, mas foi pego pelo Exército em Campo Grande enquanto passeava.
Foi preso por oficiais do Exército, pela primeira vez, aos 19 anos, na Praça Ari Coelho, em Campo Grande. Olga conta que o marido ficou só de cuecas numa cela e acabou doente. Teve gripe, constantes tosses e por fim uma tuberculose. “Ele só não morreu porque foi socorrido por outro preso político, o médico Alberto Neder, preso na cela vizinha”.
A defensora pública Maritza Bradão, filha de Ricardo Brandão, diz que, em casa, o assunto da ditadura militar sempre foi tratado como uma parte da história que não se deve esquecer. “Sempre foi ensinado sobre o respeito à liberdade e a cidadania e que a democracia deve ser respeitada e nunca oprimida. A ditadura militar não é algo para ser comemorado e sim uma lição para que os brasileiros não esqueçam da repressão política e falta de liberdade cometida”.
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