“A Guerrilha do Araguaia é um tabu entre os militares. Os poucos que comentam o assunto – diz um deles – o fazem baixinho. No início dos anos 70 – quando o foco guerrilheiro foi descoberto pelas Forças Armadas e começou o trabalho de repressão – a imprensa estava sob censura e não pôde noticiar o confronto, salvo uma única reportagem, em 1972, do jornal O Estado de S. Paulo.
Operação Araguaia é uma espécie de quebra-cabeça rigorosamente montado. A partir dos fatos revelados nos documentos oficiais – a maior parte deles assinados por generais e oficiais, que no futuro se tornaram conhecidos na ditadura militar – os autores remontaram a história. Consideram também as revelações contidas em outras obras e investigações do passado. Os dois anos de coleta de entrevistas e depoimentos com os sobreviventes e parentes, civis e militares, fizeram com que as peças se encaixassem e a história pudesse ser contada de forma mais completa.” Observatório da Imprensa
(Acervo dos jornalistas Eumano Silva e Tais Morais)
(Acervo do pesquisador Alberto Santos)