Elina Frota Pessôa foi uma das duas primeiras mulheres a se formarem Física no Brasil. Desde cedo Elisa rompeu barreiras numa sociedade patriarcal e profundamente machista.
Contra a vontade da família ingressou no curso de física em 1942. Sua carreira foi marcada por uma forte dedicação à pesquisa e ao ensino, enfrentando os desafios de ser uma mulher em um mundo masculino.
Um passo importante na institucionalização da física no país, ela participou em 1949 da fundação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), onde coordenou até 1964, o Laboratório de Emulsões Nucleares.
Elisa fez parte do grupo de pioneiros da física brasileira e participou ativamente das lutas para vencer o preconceito contra o trabalho da mulher, assim como o pequeno interesse da sociedade pelo desenvolvimento da ciência.
Devido a sua atuação em defesa da autonomia universitária, liberdade de cátedra e de pesquisa, Elisa Frota Pessôa foi perseguida pela ditadura militar e afastada da universidade pelo Ato Institucional número 5 e proibida de trabalhar no CDPF, entidade que ela ajudou na fundação.
Em anexo documento emitido pelo Serviço Nacional de Informações para justificar a punição de Elina pelo AI5
SNI
nº 074
11 Março de 1969
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